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O PR, João Lourenço, defendeu hoje incremento da cooperação científica com Cuba

Presidente de Angola defende incremento da cooperação científica com Cuba

O Presidente angolano, João Lourenço, defendeu hoje, em Havana, o aprofundamento da cooperação entre as instituições académicas e científicas de Angola e Cuba, a fim de permitir uma melhor inserção competitiva dos dois países na economia internacional.

 
Citado pelo Jornal de Angola, João Lourenço, que iniciou hoje uma visita de Estado de dois dias a Cuba, falava numa "aula magna" realizada na centenária Universidade de Havana (fundada a 05 de janeiro de 1728), defendeu que o aprofundamento da cooperação no setor tem um "papel decisivo" na promoção do diálogo com o setor produtivo e pode assegurar uma maior oferta de empregos.
Segundo o Presidente angolano, o futuro das relações de Angola com Cuba passa pelo incremento da mobilidade de académicos e investigadores, realizando projetos conjuntos, orientados para a resolução dos problemas das populações e das empresas, tendo em vista à promoção do emprego.
Angola, prosseguiu, está a dedicar atenção especial à formação e ao desenvolvimento da investigação aplicada às áreas da saúde, agricultura, pesca, indústria, petróleo, gás, recursos naturais, ambiente, energia, comunicações, tecnologias de informação e turismo, setores que considerou "cruciais" para a diversificação da economia.
Entre os desafios do país, João Lourenço sublinhou a necessidade de reforçar a experiência cubana na melhoria da qualidade do sistema de ensino em Angola e na formação de professores qualificados, benefícios que "já são visíveis nas dezenas de milhar de quadros angolanos formados em vários domínios".
Segundo João Lourenço, Cuba é o país que mais se empenha na formação e qualificação de quadros angolanos e lembrou a ajuda do Estado do Caribe para a defesa da soberania e integridade territorial de Angola, da independência da Namíbia e para abolição do sistema de segregação racial na África do Sul.
Manifestou também "admiração" pelos "níveis altíssimos de qualidade, internacionalmente reconhecida", nos domínios da educação, saúde e investigação científica alcançados por Cuba, apesar do embargo económico imposto pelos Estados Unidos, que considerou "injusto e desumano".
Em resposta a uma questão colocada por uma estudante cubana, João Lourenço defendeu o levantamento "incondicional" do embargo económico imposto pelos EUA.
No primeiro dia da visita, João Lourenço rendeu também homenagem ao primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto (1975/79), com a deposição de uma coroa de fores no busto erguido em sua memória.
Numa mensagem, as autoridades cubanas disseram lembrar Agostinho Neto como "poeta" e "médico dos pobres", que lutou para a libertação do seu povo do jugo colonial português.
No Parque dos Próceres Africanos, no município de Playa, o busto de Agostinho Neto está entre Marien Ngouabi, da República do Congo, e de Eduardo Chivambo Mondlane, o fundador da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).
No parque reconhecem-se também as efígies de Oliver Tambo, do Congresso Nacional Africano (ANC), Kwame Nkruma, do Gana, e Amílcar Cabral, da Guiné-Bissau e Cabo Verde, bem como os de Sekou Touré, da Guiné-Conacri, Patrice Emery Lumumba, da República Democrática do Congo, Abdelkader El Djazaire, da Argélia, Gamel Abdel Nasser, do Egito, e Seretse Khama, do Botsuana.
O Presidente angolano deslocou-se ainda ao Cemitério de Colón, onde rendeu homenagem aos combatentes internacionalistas cubanos.
Na ocasião, João Lourenço reafirmou a "gratidão" do povo angolano aos cubanos, "que sacrificaram as suas vidas na defesa da soberania angolana e da libertação da África Austral do regime segregacionista do "apartheid" então vigente na África do Sul.
No recinto, que, sendo um dos mais importantes cemitérios do mundo, tornou-se um lugar de romaria para cidadãos cubanos e turistas de várias nacionalidades, estão sepultados e expostas fotos de cubanos tombados em vários países, a maioria deles, em Angola.
Durante a estada em Havana, João Lourenço tem previstos encontros ao mais alto nível, nomeadamente com o homólogo cubano, Miguel Díaz-Canel, bem como a assinatura de vários instrumentos de cooperação ligados aos setores da educação e ensino superior, desenvolvimento dos recursos humanos, saúde, assistência e proteção social, habitação e cultura.
Terça-feira, o estadista angolano visita a Zona Especial Portuária de Desenvolvimento de Mariel, em Havana, e terá um encontro com bolseiros angolanos.

 

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